7º1: Ilustrar histórias com outras discipinas

 

Nesta primeira fase da ilustração que é a do desenho, devemos pensar nos momentos que representarão melhor o texto, lendo-o com atenção, e depois angariar imagens que nos inspirem, no ato de desenhar!

Ciências Naturais

 Esta história é sobre o lince-ibérico que  é considerado o felino mais ameaçado do mundo e o único considerado Criticamente em Perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza - UICN.

Durante o século XX a distribuição desta espécie sofreu um acentuado declínio que teve como consequência a redução e o desaparecimento de algumas das suas populações, ficando estas cada vez mais dispersas e afastadas. Este declínio deveu-se sobretudo a dois factores: a regressão da sua principal presa, o coelho, e a perda e deterioração do seu habitat, os matagais e bosques Mediterrânicos, nomeadamente devido à sua substituição por plantações de espécies florestais exóticas e/ou de crescimento rápido como os eucaliptos e o pinheiro-bravo, à construção de grandes infra-estruturas com  barragens e estradas, e aos recorrentes incêndios florestais. Outros factores como a morte não natural, doenças e perturbação nas áreas de reprodução representam sérios desafios à actual sobrevivência da espécie.

               O lince-ibérico é uma espécie emblemática, trata-se do único grande mamífero carnívoro endémico da Península Ibérica e o mais ameaçado da Europa. Só uma intervenção urgente poderá travar o seu processo de extinção e evitar o primeiro desaparecimento de um felino na Europa nos últimos 2000 anos.

               Esta é a história de um pequeno lince-ibérico que foi salvo, graças à consciencialização de que todas as espécies têm o direito a viver neste planeta livremente, sem a destruição dos seus habitats, coabitando com todas as outras espécies.                                                                                                                               Estava um dia de tempestade, numa floresta algures no centro norte de Portugal,  quando um guarda florestal ouviu um som estranho vindo de um matagal. Aproximou-se com alguma apreensão, até que avistou uma cria de lince-ibérico que parecia estar muito mal de saúde. O guarda florestal tentou dar os primeiros socorros e entrou logo em contacto com as autoridades competentes, relatando a situação com que se tinha deparado.

Quando chegaram, viram a situação em que estava o lince e ficaram preocupados, pois não sabiam se iriam conseguir salvá-lo. Quando o resgataram, levaram-no rapidamente para o veterinário para poderem cuidar dele. O lince-ibérico teve de ficar internado durante bastante tempo até ficar restabelecido e depois ficou em cativeiro até ser mais crescido, para conseguir sobreviver na floresta e aprender a defender-se dos perigos. Vacinaram-no contra as doenças que ele poderia apanhar e  colocaram-lhe um chip para poderem controlar os seus movimentos e os seus comportamentos. Quando a cria de lince-ibérico já estava mais crescida, decidiram libertá-la na floresta, próximo de um abrigo de linces. Os movimentos do lince-ibérico foram monitorizados e descobriu-se, assim, que o mesmo encontrou os outros animais da sua espécie. 

Mais uma boa ação em prol de uma espécie que tem o direito de sobreviver e viver neste planeta. Até aos dias de hoje, as entidades competentes pela preservação da espécie, vigiam-no e controlam-no pelo chip para ver se ele continua bem. Acredita-se que já tenha procriado. 


 


Educação Física

André Fernandes era um jovem jogador de futebol que atuava pelo Leixões Sport Club. Ele era um prodígio e com apenas 17 anos, já era o maior marcador do campeonato da época 2011/2012. O André vivia em Leixões, com o pai e a mãe. Jogava na equipa do Leixões desde a base, sempre com o apoio da família que assistia a quase todos os jogos e treinos do André. Ele e os seus colegas de equipa eram muito unidos e davam-se muito bem.

            No dia 12 de fevereiro de 2012, num dia normal da sua vida, estava a ir até ao Estádio do Mar para realizar um jogo do campeonato contra o Estoril. Este jogo não era um qualquer, o vencedor sairia com a liderança do campeonato. Era a grande final! A partida estava muito disputada, tanto que a primeira parte acabou sem o placar ter sido inaugurado. Apenas aos 70 minutos houve uma boa chance criada por André Fernandes que levou a bola desde a lateral direita até à grande área do Estoril. Mas ao chegar lá, o André foi parado com um carrinho que causou uma grave lesão ao jogador. O jogador da equipa adversária fez uma rasteira que acertou na rótula esquerda de André Fernandes. O jogador saiu lesionado de campo e teve de ir diretamente para o hospital, onde descobriu que tinha uma tendinite patelar. O médico do Leixões disse que as chances de André voltar a jogar eram quase nulas, pois o seu joelho tinha ficado muito fraturado e o pânico do jogador também não ajudava. O médico concluiu que, talvez com fisioterapia e uns medicamentos à base de cálcio, o André poderia voltar a jogar, todavia com muitas limitações. Esta situação foi muito dolorosa para o André que ambicionava ser um jogador profissional e chegar a pertencer a uma equipa da Primeira Liga. Após uma semana de repouso, o André iniciou as sessões de fisioterapia. Foram dois anos de muito esforço e dedicação. Ao longo desse tempo, por vezes, o André desanimava, todavia lembrava-se do seu grande objetivo e voltava ao trabalho, com muito empenho.

Na época 2013/2014, após uma análise pormenorizada da situação do André, o treinador do Leixões decidiu falar com o André:

-André, eu sei que podes não te sentir muito confiante após dois anos sem jogar, mas a equipa acredita em ti e eles precisam de ti. Já falei com o médico e a tua recuperação foi extraordinária. Sentes-te pronto para voltar a entrar no campo com a camisola do teu clube e fazer aquilo que tu sabes fazer melhor?

O André, sentiu no seu coração a força que sempre teve, refletiu durante alguns minutos e decidiu entrar em campo e lutar por um bom resultado para a sua equipa.

Estando um pouco fora de foram, o André ainda conseguiu correr velozmente, fazer passes com os seus colegas, fintou os adversários, … Ou seja, conseguiu desestabilizar o jogo e ainda ser um dos jogadores mais influentes da partida.

Depois de alguns meses, com tantos treinos, dedicação e muita força de vontade, o André voltou a ter uma excelente forma física, voltou ao seu auge e nunca mais parou.  O André conseguiu jogar nas melhores divisões de Portugal, chegando mesmo a ganhar, com a sua equipa, a primeira liga do futebol português. Foi uma carreira de boas exibições e muita força de vontade na superação das constantes adversidades da vida desportiva.

 

Gabriel Andrade nº3 e Rodrigo Pinto nº20



















FÍSICO-QUÍMICA

Os Segredos de Marte

Tilly Parkinson era uma menina de 12 anos que vivia na aldeia Campânula. Ela era uma menina feliz e tinha uma grande ambição por fazer algo extraordinário,  contudo aquilo que a rodeava não a motivava a esse ponto. Um dia, na biblioteca da aldeia, encontrou um rapazinho da idade dela, que estava a ler um livro sobre um tema que para ela era desconhecido - o espaço. O rapazinho, chamado Sebastião Le Grand, contou à Tilly a história do livro que estava a ler. A pequena Tilly ficou tão maravilhada com o que ouviu e decidiu aprender mais sobre o espaço. O Sebastião ajudou-a na pesquisa de livros com o mesmo tema e, assim, exploraram em conjunto a imensidão desse tema. A partir dessa altura, Tilly e Sebastião encontraram-se frequentemente para conversar sobre o espaço e acabaram por se tornar grandes amigos.

A Tilly cresceu e começou a frequentar a faculdade, para aprofundar os seus estudos na área que tanto a fascinava. Para isso, decidiu tirar o curso de Física, fazendo mestrado e doutoramento na área da Astronomia, e ambicionava abrir a sua própria agência espacial. O amigo de Tilly, Sebastião Le Grand, também ambicionava ter a sua própria agência, mas não com o objetivo de explorar melhor o espaço. Ele apenas queria ser famoso! A Tilly, não se identificava com esse modo de ser e, por isso, acabou por se afastar de Sebastião.

No final dos estudos universitários, como a Tilly mostrava um grande fascínio pelo espaço e realizou uma tese com bastante sucesso, foi-lhe oferecida a oportunidade de abrir uma estação espacial, financiada por um jovem bilionário. Ela aceitou a oportunidade, claro! Sebastião, invejando a sorte da Tilly, afastou-se ainda mais dela, em vez de corrigir os próprios erros. Ele acabou por abrir a sua estação espacial, depois de ganhar milhões de euros num sorteio televisivo.

Uns anos mais tarde, Tilly e Sebastião, com as suas próprias  estações espaciais desenvolvidas, criaram os seus próprios satélites em torno de planetas. A estação da Tilly chamava-se estação Parkinson e situava-se na aldeia Campânula; a estação do Sebastião chamava-se estação Le Grand, para dar o devido protagonismo ao seu nome, e situava-se em França.

No dia 1 de abril de 2052, Tilly recebeu um aviso acerca do seu satélite em torno de Marte. Ela chamou a sua melhor equipa e preparou-os para a missão.

Thomas Bigodaça, o chefe da missão, era muito antiquado, um pouco rude e tinha um bigode como nos anos 80. O seu cabelo era grisalho, os seus olhos eram azuis e usava uma camisa que utilizara há muito tempo desde o serviço militar, como uma recordação, tal como umas calças amarelas escuras.

Mary Lyn, uma das tripulantes, tinha um cabelo castanho com franja, em rabo de cavalo, amarrado por um laço cor-de-rosa. Ela usava umas jardineiras de ganga com umas flores bordadas. Por baixo, usava uma camisola cor-de-rosa, claro. Mary Lyn era muito descontraída e otimista.

Marc Meireles era um rapaz do estilo skatista, tinha um cabelo espetado, preto e uns olhos castanhos. Era um rapaz simpático e amável, bastante talentoso em cima do skate!

Dora Sparks era uma menina de cabelos castanhos pelos ombros com uma bandolete azul. Tinha olhos verdes e usava uma camisola amarela de gola alta e umas leggins pretas. Dora era bastante tímida, mas com o espírito de uma guerreira.

O jovem Miles Lupa, recentemente adicionado ao grupo, era um jovem robusto, de cabelo preto à Elvis Presley, possuía olhos igualmente pretos. Ele era um tanto vaidoso e muito, muito estiloso.

A equipa de tripulantes, juntamente com o seu chefe Thomas Bigodaça, iniciou a sua missão, a viagem até Marte, para reparar o satélite.

Estavam todos muito atarefados, uns preparavam a nave espacial, outros as reservas de oxigénio e ainda os mantimentos. Todos estavam numa correria com a mais recente missão de Parkinson que iria ser transmitida pelas televisões de todo o mundo. Os técnicos corriam com papelada e extensões de tomadas por todo o lado, com a desculpa de precisarem de estar sempre informados.

Às onze da manhã desse dia, toda a equipa dirigiu-se para uma sala para  vestirem os seus fatos de missão. Tânia Anderson, uma técnica da estação, verificou as garrafas de oxigénio e as comunicações. Tânia estava um bocado zangada. O motivo estava bem claro: Tânia e Thomas não usavam as alianças de casados, pois finalmente os papéis do divórcio tinham chegado, após as suas discussões ao longo de 6 anos de casamento. Mas, ainda assim, ela continuou a fazer o seu trabalho.

Quando estava tudo pronto, a equipa dirigiu-se para a nave espacial, que já estava rodeada de fotógrafos e canais televisivos.  Eles sorriram, acenaram e entraram para a nave. O Jornal da Aldeia Campânula relatou o acontecimento:

-Olá a todos! Hoje testemunhamos a mais recente missão espacial! Toda a equipa já está pronta para a sua nova missão! Será bem sucedida? Esperemos que sim.

Assim sendo, os tripulantes já estavam a apertar o cinto, quando se sucedeu uma contagem decrescente nos ecrãs da nave espacial.

-Estão todos prontos? - perguntou o chefe Thomas.

-Sim, chefe! - responderam todos os outros.

-Em 3, 2, 1, descolagem!

Em poucos segundos a nave começou a largar o solo, deixando uma grande nuvem de fumo para trás. Tudo corria bem, até demasiado bem para uma viagem espacial, sem meteoros e meteoritos a aproximarem-se…

A meio do caminho, a porta que conduzia à sala do motor e ao reservatório de oxigénio abriu-se. Uma figura alta estranha entrou. Antes de descolarem, esta intrusa entrou sem permissão e escondeu-se. Antes aproveitou para roubar uma arma laser à sala de armas da estação Parkinson. Abriu um sorriso brilhante, e dirigiu-se para junto de um motor. As várias caldeiras largavam fumo, mas a figura não se importava. Fora treinada para chantagear, roubar e aguentar todo o tipo de situações. Aquela era só mais uma. Clicou num botão e a sua arma laser mostrou uma luz vermelha cortante. Aproximou-se do motor e deu um golpe rápido, que destruiu completamente o motor. Saiu dali a correr e foi para junto da sala de comandos, sem alguém dar por ela. Precisava de informações da agência Parkinson.

Passado algumas horas, quase a chegar a Marte, um membro da equipa tripulante notou que havia um problema no funcionamento da nave.

-Chefe, acho que temos um probleminha! - disse Mary Lyn, atarantada.

-O que aconteceu? Estás a deixar-me preocupado- perguntou Thomas, ainda mais perturbado do que Mary.

-Parece que alguém sabotou o nosso motor, ele não está a funcionar nada bem! - respondeu Mary.

- Só me faltava mais esta! Bem que eu estava a estranhar este decorrer de viagem muito sossegado! - disse Thomas, já impaciente. - Como é que vamos reparar isto, sabendo que estamos no meio do espaço e não temos onde aterrar?

-Haveremos de arranjar uma solução, há sempre uma solução, certo? - encorajou Mary, sempre muito otimista.

-Às vezes gostava de ter o teu otimismo, Mary. - mencionou Marc.

De repente, um som ecoou por toda a nave, o motor não iria aguentar muito mais!

-É tarde demais! O motor não vai aguentar muito mais tempo! O que faremos? - disse Marc, muito nervoso.

-Calma! Iremos conseguir pousar numa superfície segura. - retorquiu Mary.

O motor estava a ficar cada vez mais enfraquecido para aguentar o resto das viagem. Então, com o impulso da nave, Thomas ainda conseguiu aterrar a nave numa superfície segura. O local onde aterraram tinha um solo meio avermelhado e quente, era Marte! Foi então que descobriram o segredo deste planeta. Quando saíram da nave, depararam-se com algo que nunca esperariam encontrar: uma aldeia repleta de seres estranhos, que pareciam de outro mundo...O que realmente eram! Aliens de Marte.

Esta aldeia era chamada de “Aldeia de Monster Life”. A aldeia era um lugar sombrio, mas repleto de cores ao mesmo tempo, como se os seres ali encontrados fossem extravagantes, mas vivessem extremamente felizes. Quando eles chegaram à aldeia, viram uma luz extremamente brilhante e cheia de vida, também observaram vários aliens felizes a dançar e a cantarolar, até que a família real chegou à festa. Então, todos os aliens fizeram uma vénia quando avistaram a família real e, ao mesmo tempo  gritaram:

 - Saudações, vossa Majestade!

 Pouco tempo depois todos voltaram a dançar, até que um monstro olhou para trás e viu os humanos e, aterrorizado, gritou:

 -Humanos, matem-nos!!!!

A família real mandou isolar e proteger a sua filha, a princesa Marnar. Contudo, a princesa resolveu não se esconder e decidiu proteger toda a aldeia. Ela vestiu a sua armadura e pegou na sua espada e decidiu enfrentar os humanos:

-O que estão a fazer aqui?

-Nós viemos em paz, não precisamos lutar. - disse o chefe Thomas.

A princesa refletiu e decidiu falar com os humanos. Então, Dora explicou o que se tinha passado, que precisavam de ajuda para consertar a nave.

A princesa não sabia ao certo como poderia ajudar. De repente, surge um pequeno alien chamado Zip-Zippie, o conserta-tudo daquele planeta. Após Zippie inteirar-se da situação, ele declarou:

-Temos de subir até uma montanha e apanhar o cristal azul.

O pequeno alien guiou-os por entre lagos de ácido, planícies cobertas de aliens hostis, crateras de lava borbulhantes e aldeias silenciosas até que chegaram ao topo da enorme montanha.

Quando chegaram ao topo, um enorme cristal azul reluzia. Zip-Zippie, entusiasmado,disse:

-É aquele! É aquele! É o cristal azul!

Eles voltaram calmamente até à aldeia mas, com um movimento fulminante, Miles Lupa retira o cristal das mãos de Thomas e ameaça:

-Vocês não vão utilizar o cristal a não ser que se rendam à estação espacial Le Grand e lhe cedam todo o vosso património!

-Como foste capaz?! - pergunta Mary. - Tu és da nossa equipa!

-Não. Eu sou o filho de Sebastião Le Grand e tripulante das suas missões. Quando soube que seriam os primeiros a fazer novas descobertas no universo, o meu pai arranjou maneira de me infiltrar aqui. Fui eu que sabotei a vossa nave, e se não reconhecerem que o  meu pai tem a melhor estação, não sairão vivos daqui.

De um momento para o outro, surge a princesa Marnar montada num alien dragão negro, como a noite, a lançar fogo azul como o mar.

-Ninguém faz mal aos meus amigos!

Miles assustou-se e largou o cristal. Dora apanhou o cristal e disse:

-Tu é que não vais sair daqui!

A princesa mandou prender Miles na pior prisão de Marte debaixo de terra, com poços de lava e um dragão como guarda.

Quando estavam para ir embora, Marnar correu ao encontro do Thomas e disse-lhe:

-Nunca te esquecerei, meu caro amigo…

Thomas declarou:

-Ficarei aqui contigo!

Como a aldeia era uma dos poucos lugares que tinha oxigénio, graças a uma cúpula criada por um cristal rosa, ele podia ficar lá.

Dito isto, Marnar e Thomas ficaram juntos neste planeta, assim como Mary e Marc que, quando regressaram à Terra, nunca mais se separaram.

A estação de Sebastião foi à falência, não voltando a ter a hipótese de explorar o espaço.

 A estação de Tilly tornou-se a mais famosa e bem-sucedida e a missão saiu na capa de todos os jornais do mundo.

E assim, a vida voltou a ser o que era na pequena aldeia Câmpanula, e os aliens eram um segredo muito bem guardado.                                   

 













FRANCÊS

Era uma vez um par de namorados, a Filipa e o Francisco, que decidiram realizar uma viagem a Paris para festejar os cinco anos de namoro. Eles eram jovens e aventureiros, adoravam viajar e conhecer outras culturas.

Nessa altura, para festejar uma data tão importante para eles, decidiram viajar para a capital do amor, Paris, a “Cidade Luz”. Na noite em que lá chegaram, instalaram-se no Hotel Britanique e decidiram descansar, uma vez que, para explorar minimamente Paris, seria preciso passar uma boa noite de sono, para, no dia seguinte, estarem fortalecidos e cheios de energia.

No dia seguinte, acordaram bem cedo e, após um bom pequeno almoço, foram explorar a cidade.

O primeiro monumento a ser visitado foi a Torre Eiffel. A vista da torre era magnífica: conseguia-se avistar toda a cidade, com todos os edifícios e jardins emblemáticos, bem como o deslumbrante rio Sena.

À tarde, foi a vez do museu do Louvre. Este museu era magnífico, com muitas obras de arte distintas: antiguidades egípcias, orientais, etruscas, romanas e gregas, arte islâmica e decorativa, escultura, pintura… Uma infindável maravilha do mundo, na visão deste futuro casal!

Ao final do dia, decidiram degustar as iguarias maravilhosas do restaurante “Le Petit Littré”,  um restaurante muito conhecido pela sua  gastronomia francesa. Deliciaram-se com mouclade charentaise e soufflé de queijo, entre outros...  Foi um jantar memorável!

No caminho para o Hotel Britannique, o futuro casal foi assaltado numa ruela antiga, perto da Gare d’Orsay. Os ladrões levaram o dinheiro, os documentos e um anel de noivado, com uma pedra preciosa, que o jovem rapaz iria dar à sua eterna namorada, nessa noite, num momento romântico. O futuro casal ficou destroçado!

Depois do sucedido, o futuro casal pediu ajuda, contudo não havia pessoas nas imediações. Caminharam alguns metros e encontraram dois polícias aos quais contaram o que tinha acontecido e tentaram fazer uma descrição dos assaltantes. Os polícias tomaram imediatamente conta da ocorrência e agiram de imediato.

A Filipa ficou muito preocupada, pois não sabia o que fazer, uma vez que não tinha a carteira, com tudo o que ela precisaria de ter, principalmente num país que não era o seu. Também ficou bastante entristecida, dado que uma surpresa para ela tinha ficado anulada.

Os polícias acompanharam os turistas ao hotel e recomendaram-lhes não sair de lá, pois estes estavam muito assustados e amedrontados.

No dia seguinte, os polícias contactaram os noivos para lhes darem uma boa notícia: os ladrões que os tinham roubado continuaram na mesma zona, perto da gare, e foram apanhados, pela polícia, em flagrante, a roubar mais turistas. O dinheiro, os documentos e o anel de noivado foram recuperados e entregues aos seus donos. A Filipa e o Francisco ficaram felicíssimos com a notícia. O pedido de casamento já não teve o efeito surpresa, como tinha sido planeado, todavia, para este jovem casal, o que era verdadeiramente importante era estarem bem e juntos.

Apesar do susto e do constrangimento causado, a viagem foi muito agradável para os noivos, pois tiveram a oportunidade de explorar, nos dias seguintes, a magnífica, eterna e romântica “Cidade Luz”.
















GEOGRAFIA


   Num dia de tempestade, várias famílias da Síria aventuram-se  numa viagem arriscada, num barco de madeira para chegarem a um sítio seguro para viver. Naquele momento, a Síria era um país onde existiam grandes conflitos e o povo vivia muito  sobressaltado e aterrorizado. Para viver em paz e dar um futuro melhor aos seus descendentes, inúmeras famílias aventuravam-se a realizar grandes viagens no mar Mediterrâneo, à procura de um sítio seguro, onde poderiam viver em paz. Um dos países que era muito desejado chegar era um país pequenino, no cantinho da Europa, na parte ocidental: Portugal.  Este país era conhecido por ter um povo bastante acolhedor e simpático que poderia ajudar a esquecer tudo aquilo que já tinham visto e passado na sua terra natal, a Síria.  Depois de uma longa viagem, cheias de perigos e algumas tragédias, duas famílias conseguiram chegar a Portugal. A viagem foi muito marcante: as condições climáticas foram muitos instáveis, com alguns dias de sol intenso e noutros dias tempestades; muitos refugiados que se aventuram, acabaram por morrer afogados; passaram muita fome e frio… tanto sacrifício só para chegar à terra prometida! Quando as duas famílias sobreviventes chegaram a Portugal,  não tiveram a recepção desejada, depois de tantos sacrifícios passados. As famílias refugiadas eram vistas como pessoas não desejadas, sofrendo vários preconceitos e descriminação à chegada ao país. Após terem sido contatados pelas entidades responsáveis pela integração de migrantes no país, os refugiados foram encaminhados para determinadas cidades e ajudados por entidades locais, no sentido de conseguirem iniciar uma nova vida, com condições de vida minimamente aceitáveis. Contudo, houve uma família onde a integração não foi a mais desejável: a família Alyadah. esta família era constituída pelo pai Faris, pela mãe Leila e uma filha Hana. Após estarem com a situação legalizada em Portugal, a família alojada numa terra no Alentejo, acabou por ser explorada, com trabalho forçado, não remunerado, o que acabou por criar uma situação de escravidão. Um dia, a família conseguiu fugir da casa onde estava e decidiram procurar uma vida melhor. Contudo, a vida era muito complicada num país que mal conheciam, com outra cultura, uma língua diferente,... O pesadelo parecia não ter fim! Como não tinham dinheiro, tiveram de viver na rua, como os sem-abrigo, a viver com a ajuda de instituições que davam alguma roupa para se agasalharem e comida para se alimentarem. Foi uma vida noutro país, que não era a desejada, depois de tanto esforço para lá chegar.

Certo dia uma família Rodrigues, constituída por pai, mãe e dois filhos, estava a passear pelas ruas, até que um dos filhos perguntou:

-         Mãe, por que razão é que aquela família está deitada no chão?

-         Joana, aquelas pessoas não têm uma casa para viver e, por isso, vivem na rua.  - respondeu a mãe.

-         Mãe, há uma menina pequena como eu a viver na rua. Ela não tem um quarto para brincar e dormir, como eu? Como é que é possível, permitirem que ela não tenha uma infância feliz como todas as crianças necessitam ter? Posso dar-lhe esta minha boneca para a ajudar a ser mais feliz?

-         Sim, claro. É um gesto muito bonito da tua parte! - respondeu a mãe.

A família Rodrigues aproximou-se da família Alyadah e a menina ofereceu a boneca à Hana. Esta ficou muito feliz e sorriu de imediato. A família síria agradeceu o gesto, falando algumas palavras que já tinham aprendido em português.

Quando se afastaram, a Joana perguntou à mãe:

-         Estas pessoas falavam de uma maneira estranha!

-         Pois, filha! São refugiados. Viviam num país onde há muita guerra, fome,... e arriscaram vir para aqui, à procura de uma vida melhor!

-         Mas esta vida também não é muito melhor… Imagino os dias de frio, os riscos que passam a viver na rua… desprotegidos de ladrões, pessoas más...

      A filha ficou muito pensativa e, de repente, deu um grito e disse:

-         Tive uma ideia! Esta família podia ir viver para aquele anexo da nossa casa, podíamos fazer umas pequenas reparações, uma vez que ele está inutilizado já há algum tempo, até a família conseguir arranjar uma casa melhor para viver.

A mãe, depois de ponderar bem a situação, juntamente com o pai, decidiu e concordou com a ideia da Joana.

A família Rodrigues, aproximou-se novamente da família síria. A Hana, ao observar tal aproximação, esticou o braço com a boneca para a devolver, pensando que era este o propósito de lá voltarem.A Joana, acenou com a cabeça, mostrando que não era essa a intenção. A Hana abraçou a boneca com muita força, num gesto de felicidade.

A família Rodrigues dialogou com a família síria, no sentido de lhe explicar a situação. Após alguns minutos, a família síria, ainda um pouco receosa da situação, decidiu aceitar a proposta, dizendo que, logo que possível, gostariam de pagar todos os gastos inerentes à sua estadia no anexo, bem como as reparações a realizar no anexo.

Nos dois dias seguintes, a família Rodrigues restaurou o anexo que ficou operacional para a família viver. Após contatarem algumas instituições que auxiliam os mais necessitados, a família Rodrigues conseguiu arranjar móveis, alguns eletrodomésticos, roupas e calçado para a família viver dignamente naquela sua nova casa.  Quando tudo estava pronto, a família Alyadah deslocou-se até à sua nova casa. Ficaram maravilhados com todo o esforço e dedicação dado pela família Rodrigues para os ajudar. A família síria instalou-se  na sua nova casa e agradeceram muito o gesto tão nobre daquela família portuguesa. Entretanto, outra novidade foi dada:

-         Hana, a uns metros daqui, há umas estufas que estão a precisar de trabalhadores. Os meus pais contataram os donos e estes disseram que os teus pais podem trabalhar lá, até conseguirem ter um trabalho melhor. Também já falei com a minha professora para tu puderes ir para a escola e aprenderes a falar bem o português.

Ao ouvir todas estas novidades, a família síria ficou muito feliz! Parece que o sonho de ter uma vida que tanto desejavam, com paz, trabalho, solidariedade e amor, tinha chegado.

Passado algum tempo, a situação familiar mudou drasticamente: todos trabalhavam, havia respeito pelo trabalho e dedicação, a cultura e a língua foi assimilada normalmente... e tudo com a ajuda da família Rodrigues que, com um pequeno gesto de uma menina simples e solidária, mudou o rumo de vida de uma família síria, bastante sofrida.












HISTÓRIA


Esta história é sobre uma fotógrafa chamada Lia que ficou muito reconhecida em todo o mundo, devido ao seu notável trabalho e também pela sua colaboração na descoberta de algo magnífico.

A Lia era uma mulher elegante, educada, com cabelos longos e castanhos. Gostava de se aventurar e era muito amiga do próximo. A Lia escolheu a profissão de fotógrafa, devido ao seu grande gosto pela fotografia, assim ela conseguia eternizar tudo aquilo que a rodeava. A Lia já tinha sido contratada por várias empresas conhecidas para realizar trabalhos fotográficos, mas apenas uma empresa é que lhe deu o justificado reconhecimento do seu trabalho até hoje. A Lia sempre amou o seu trabalho e, por isso, fez sempre o melhor para conseguir que as suas fotos fossem um retrato real da vida quotidiana.

A grande aventura da sua vida começou quando ela recebeu o convite da Lamale que era a empresa de fotografias mais famosa do seu país. Esta solicitação de trabalho consistia em deslocar-se ao Egipto para fotografar alguns dos monumentos mais emblemáticos daquele país. Ela imediatamente aceitou o convite, com muita alegria. Nessa mesma semana, a empresa entregou-lhe o bilhete do avião e toda a documentação essencial ao desempenho do seu trabalho.

Quando a Lia chegou ao Egipto já era noite. Ela decidiu ir para o hotel pois estava bastante cansada da viagem e, assim, poderia acordar cedo para desenvolver o seu trabalho. Na manhã seguinte, a Lia acordou cheia de energia e decidiu dar um passeio para conhecer a zona envolvente. Ela equipou-se para dar uma grande caminhada e explorar tudo o que fosse interessante. No seu passeio, deparou-se com um monumento que nunca tinha visto uma foto segundo aquele ângulo, que o tornava ainda mais magnífico. Quando estava prestes a tirar algumas fotos parou para fotografar, escorregou e caiu num buraco muito fundo. Estava muito escuro, mas como ela costumava trazer um isqueiro na sua mala, através do tato, conseguiu encontrá-lo e ficar com uma chama. Quando viu o que a rodeava, ficou maravilhada. Ela estava rodeada de túmulos  e descobriu que estava num Hipogeu. A Lia ouviu alguns barulhos estranhos e escavou na zona de uma fenda que se encontrava na parede daquele sítio, conseguindo fazer um pequeno buraco. Imediatamente descobriu que eram arqueólogos que estavam do outro lado dessa parede e pediu ajuda, sendo alargado o buraco de modo a permitir a passagem de uma pessoa. Os arqueólogos já procuravam aqueles túmulos há alguns anos. A Lia ficou orgulhosa por ter sido ela a encontrar os túmulos, por um mero acidente, e também por ter ajudado os arqueólogos na reta final do seu trabalho.

Uma vez que a Lia foi a impulsionadora da descoberta dos túmulos, ela teve o direito a ser a primeira fotógrafa a realizar um trabalho fotográfico dos túmulos, uma descoberta difundida pelos vários continentes. A Lia ficou conhecida pelo excelente trabalho fotográfico e, depois disto, também ficou conhecida por ajudar a desvendar o grande mistério e a descobrir as magníficas maravilhas do Egipto. Diversos jornalistas entrevistaram-na, tendo ela aparecido nas várias notícias de todos os meios de comunicação. Quando a Lia regressou ao seu país, à empresa Lamale, todos a felicitaram pelo seu trabalho notável e agradeceram o seu excelente trabalho. A vida dela mudou radicalmente!

 














INGLÊS

 

Era uma vez uma jovem enfermeira chamada Sofia Melo. Ela era magra e alta, com cabelos claros e olhos azuis. Ela era simpática e muito bondosa. Era solteira e vivia com o irmão mais velho e com a mãe, Maria. Os dois irmãos trabalhavam no mesmo hospital, exercendo a enfermagem. A mãe já era velhinha, tinha problemas de saúde e era necessário dar-lhe assistência. Deste modo, no hospital onde trabalhavam, pediram à direção para trabalharem em turnos diferentes de modo a dar o apoio necessário à mãe. Assim, a Sofia trabalhava no turno diurno e o irmão, Henrique, trabalhava no turno noturno.  A Sofia era muito trabalhadora e atenciosa, contudo não ser pontual era um defeito que ela tinha. Quase todos os dias, chegava atrasada ao hospital: ficava mais tempo a dar assistência à mãe ou apanhava trânsito ou adormecia… Ela bem sabia que poderia ser prejudicada, pois não estava a ser responsável  nessa situação. 

Um dia, a má notícia chegou: o diretor do hospital disse que esta situação não poderia continuar, pois já tinha sido avisada para mudar esse comportamento e que, apesar de entender a situação familiar da Sofia, esta não deveria pôr em causa a saúde e bem estar dos utentes do hospital, pois o trabalho em equipa era importante e bastava um falhar para pôr em causa todo o trabalho desenvolvido. Assim, a Sofia foi despedida por justa causa. Ela ficou terrivelmente entristecida, contudo ela sabia que deveria ter mudado esse hábito e não se esforçou devidamente. A Sofia chegou a casa e contou à mãe que a partir desse dia iria ficar mais tempo em casa, a cuidar da mãe. E assim foi.

Passaram-se meses. A Sofia enviou vários currículos para vários hospitais e clínicas, contudo não conseguiu arranjar uma vaga para emprego. Nesse tempo vivia dependentemente do vencimento do seu irmão e da reforma da mãe. Sentia-se triste por não exercer a sua profissão, todavia sentia-se feliz por acompanhar a sua mãe, Maria, na velhice. Esta estava, cada vez mais, enfraquecida, até que um dia, teve um enfarte de miocárdio. Nada houve a fazer, a D. Maria descansava eternamente após longos anos a viver rodeada de amor dos seus familiares mais próximos e queridos. Após a despedida da sua mãe, Sofia refletiu bem sobre a sua situação e decidiu que poderia ter chegado a hora de se aventurar por terras desconhecidas. Assim, com o apoio do seu irmão Henrique, decidiu enviar o currículo para vários hospitais e clínicas de Inglaterra. Ela conhecia algumas pessoas da sua área que estavam a ter sucesso e por que não, ser a sua vez de se aventurar?!?

Passadas  duas semanas, Sofia foi selecionada para uma vaga na Inglaterra, em Londres. Pesquisou na internet habitações na cidade de Londres e, com a ajuda do irmão, conseguiu arranjar um apartamento barato, perto do hospital onde iria trabalhar, a partilhar com duas enfermeiras portuguesas que se tinham arriscado a mudar de país para que fosse reconhecido e valorizado o trabalho de enfermagem. A Sofia despediu-se do seu irmão, que ficou triste por se separar da sua irmã querida, contudo também ficou feliz, pois sabia que esta mudança iria ser muito benéfica para a Sofia.

A Sofia chegou a Londres, finalmente. Durante a viagem, a Sofia relembrou algumas palavras básicas e termos técnicos para facilitar a sua integração no trabalho. As suas amigas enfermeiras, que já trabalhavam em Londres, estavam à espera da Sofia no aeroporto e ajudaram-na na adaptação a um novo país e a um mundo que era novo para a Sofia.

Ao deslocarem-se para o apartamento, a Sofia ficou maravilhada com a cidade! Era a primeira vez que estava neste país. Todos os monumentos emblemáticos que ela vira em livros, revistas, TV, internet, agora estavam à sua frente. Eram ainda mais surpreendentes do que ela imaginava. A Torre de Londres, o Big Ben, a Trafalgar Square… Tudo era magnífico! Ao passar no Palácio de Buckingham, a Sofia ainda sentiu ser mais sortuda: conseguiu presenciar a cerimónia de mudança de guarda da rainha! Ao vivo, tudo era muito mais impressionante.

Depois de instalada, a Sofia, no dia seguinte, dirigiu-se ao hospital para se apresentar ao serviço. Ela sabia que desta vez não poderia voltar a errar e, por isso, decidiu que a pontualidade seria o seu lema. Não estivesse ela em Inglaterra: a “pontualidade britânica” é conhecida mundialmente!

O hospital era enorme. Tinha inúmeros andares e a Sofia quase se perdia inicialmente se não fosse a ajuda dos seus colegas tão atenciosos e prontos a ajudar. A Sofia sentia-se muito feliz! Realizava um trabalho que adorava, ajudava os pacientes em tudo o que precisassem e o seu trabalho foi reconhecido em pouco tempo. Fez imensas amizades e os momentos de descontração com os amigos eram momentos memoráveis. Passou a ser adepta do pequeno almoço britânico com os ovos mexidos, o bacon, os tomates cozidos e os cogumelos fritos, a torrada com manteiga e salsichas. Não faltava certamente o chá, tão conhecido em todo o mundo! A vida da Sofia mudou radicalmente para melhor. Henrique, o seu irmão, também ficou felicíssimo por tudo o que aconteceu à sua querida mana, apesar da distância que os separava. As férias passaram a ser momentos inesquecíveis, quando os dois irmãos se reuniam e partilhavam experiências e momentos jamais esquecidos.
















 


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